O texto a seguir foi escrito por Pe. Marcos Francisco, prebístero de nossa Diocese, vigário da Catedral de N. Sra. Mãe da Divina Graça. Neste o reverendo explica o sentido da Quarta-feira de Cinzas e da Quaresma!!
Veja!
Veja!
"Hoje, iniciamos um período muito bonito na igreja. Não celebramos na Quaresma a tristeza mas a esperança. Na quaresma, período de quarenta dias, precisamos fazer penitencia sim mas não celebrarmos a tristeza. Vamos a partir de hoje fazer nosso retiro quaresmal para que possamos celebrar bem a Páscoa do Senhor.
A liturgia desta quarta feira de cinzas nos ensina que do pó viemos e ao pó retornaremos. Por isso, as cinzas usadas durante a celebração eucarística de hoje tem um sentido profundo para nós que muitos desconhecem. Muitos pensam que o gesto de receber as cinzas vem apagar os pecados com a mesma eficácia do sacramento da confissão como num gesto mágico. Alguns que se excederam durante o carnaval, desinformados sobre o significado desse símbolo, do significado da imposição das cinzas, às vezes, lotam as igrejas com essa motivação: que as cinzas recebidas venham apagar seus pecados.
Nesta quarta feira, as cinzas não tem o poder sacramental de apagar os pecados como o sacramento da confissão. O sentido dessa liturgia nos recorda não que os exageros vividos no carnaval são agora perdoados pelo simples fato de receber as cinzas. A igreja não ensina isso. As cinzas não tem um poder mágico ou sacramental de perdoar pecados.
Quaresma são quarenta dias, uma oportunidade para revermos nossa vida, um retiro espiritual para arrumarmos a casa de nosso coração para receber Jesus em uma casa bem arrumada e limpa.
O sacramento da confissão será uma ótima e necessária oportunidade para que nesse tempo de penitência possamos corrigir aquilo que não está bem em nós. A confissão é um modo eficaz para limparmos aquilo que não está arrumado na casa de nosso coração. Como está a nossa vida? O que precisamos arrumar em nossa casa? O que nos pesa e traz tristeza em nosso coração?
Receber as cinzas nos recorda que somos apenas criaturas e que de Deus viemos e para dele retornaremos. Não somos eternos e não somos deuses, podemos cair, temos falhas e por isso o sentido da caridade, da oração e do jejum tratados no evangelho de hoje: Mateus 6, 1-6.16-18.
A caridade nos ajuda a desapegar-nos das coisas criadas, das coisas que passam, a sairmos de nós mesmos. Precisamos sair de nosso egoísmo e ajudarmos as pessoas que muitas vezes não tem nem mesmo o necessário para viver.
A oração nos dá força para a caminhada que muitas vezes se apresenta cansativa. Até mesmo Jesus rezou; ele muitas vezes se retirava a um lugar deserto para orar, mesmo sendo Deus. No deserto Jesus se colocou em oração.
O jejum, que não é algo do passado ou abolido pela Igreja, nos educa por meio do sacrifício a colocarmos nossos olhares e sentimentos para o principal em nossa vida. Podemos nos privar nesse período de certos alimentos, mas não somente isso, também por este período podemos deixar, por um tempo, por exemplo, algumas coisas boas mas que não são necessárias para a nossa vida como uma forma de sacrifício. Para que? Para que nosso coração se volte Aquele que é o Criador de tudo e que nos deu tudo como presente."
PODES BAIXAR E OUVIR ESSA MEDITAÇÃO, ACESSANDO: http://www.4shared.com/get/nGiWdUoz/MEDITAO_QUARTA_FEIRA_DE_CINZAS.html;jsessionid=77E0F941253C771A0D792FF0AD46CBF3.dc211
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