
02. Reafirmando nossas declarações e pronunciamentos sobre os processos eleitorais de 2010 e de 2012, chamamos a atenção especialmente dos fiéis católicos sobre a responsabilidade de cada um em participar de forma consciente e ativa na escolha dos nossos representantes, valorizando a política como espaço privilegiado de exercício da cidadania, da construção de consensos e de consolidação da democracia. Longe de demonizar a política e o processo eleitoral, o cristão deve nele participar, como eleitores ou como candidatos, apresentando propostas que visem a superação da exclusão social e das situações de injustiças em vista da construção de uma sociedade democrática, justa e solidária.
03. Estas eleições se revestem de um significado especial para a sociedade brasileira, pois iremos eleger presidente da república, governador do estado, deputados e senadores. Oportunidade que deve ser valorizada para debater os problemas regionais e a partir deles pensar o estado e o país que queremos construir.

05. Resgatando a mensagem advinda das ruas nas grandes manifestações ocorridas no país em junho e em julho de 2013, é necessário levantar o debate sobre a reforma política que mude o modo como são conduzidas as eleições liberando-as da dominação do poder econômico que favorece a corrupção, esvazia a força do voto e cria desigualdades de disputa nos pleitos eleitorais.
06. É importante assegurar, através do voto, as conquistas sociais obtidas pelo nosso povo e apoiar candidatos com ficha limpa, comprometidos com a ética, o direito, a justiça e com os anseios populares de transformação social e das profundas desigualdades estruturais que secularmente predominam em nossas regiões e em nosso país.
07. Conclamamos os cristãos a participarem com espírito evangélico da ação política, evitando que essa se torne uma coisa “suja”, pois, como afirma o Papa Francisco, “a política, tão desacreditada, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum”. Por isso, cada um de nós deve se perguntar o que pode fazer para contribuir no processo eleitoral e criar mecanismos de acompanhamento que vão além das urnas exigindo dos eleitos que cumpram com responsabilidade a representação que lhes fora delegada pelo povo.
08. Nessa hora tão importante na história do povo brasileiro, relembramos as palavras do Papa Francisco, para que o Senhor “nos conceda mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres” e que, a partir de uma abertura à transcendência, se forme uma nova mentalidade política e econômica que ajude a superar a dicotomia absoluta entre a economia e o bem comum social.
Que Nossa Senhora Aparecida interceda por todo o povo do Piauí.
Fonte: CNBB - NE IV
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