Criada em 1944 e solenemente instalada em 1945, a Diocese de Parnaíba, completa 75 anos de criação, instalação e missão no Norte do Piauí, pela bula pontifícia do Papa Pio XII, Ad Dominici Gregis Bonum (Para promover o Bem do Rebanho do Senhor), no dia 16 de dezembro de 1944.
O Jubileu de 75 anos favorece a uma atmosfera comemorativa cronológica, mas, sobretudo, um kairós, o tempo de Deus, propício para:
- Fazer memória
- Agradecer
- “Sair”
Período: 16.12.2019 a 08.09.2020
1- Preparando o Jubileu:
- Comissões
- Oração
- Hino (Concurso)
- Logomarca
2- Vivendo o Jubileu:
- Abertura (16.12. 2019)
- Lançamento da Romaria da Terra (16.12.2019)
- Dedicação da Catedral (07.09.2020)
3- Jubileus Específicos
- Jubileu da Juventude
- Jubileu dos Movimento e novas comunidades
- Jubileu do Clero
- Jubileu da Vida Religiosa e Consagrada
- Jubileu da COMASE
- Jubileu da Família
- Jubileu dos Seminaristas e Vocacionados (as)
- Jubileu dos Catequistas
- Jubileu dos Coroinhas
- Jubileu das Pastorais Sociais
- Jubileu das comunidades: Jornada de espiritualidade missionária nos Zonais – 10 anos de SMP
ENCERRAMENTO (08.09.2020):
- Presença do Núncio Apostólico
GESTO CONCRETO:
- Comunidade Terapêutica Fazenda da Paz
- Construção de 75 capelas nas comunidades da Diocese
COMISSÕES DO JUBILEU
- PRESIDENTE (Dom Juarez)
- SECRETÁRIO GERAL (Pe. Edimar)
- ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO e Equipe de Comunicação (Pe. Paulo Sérgio)
- COMISSÃO DE CELEBRAÇÃO (Pe. Raimundo José)
- EQUIPE DE FINANÇAS (Pe. Eduardo)
- EQUIPE DO MARCO DAS 75 CAPELAS (Vigários Episcopais – Coordenador Pe. Marcelino)
PARA O BEM DO REBANHO DO SENHOR
Dom Juarez Sousa da Silva
Bispo Diocesano de Parnaíba
Criada em 1944 e solenemente instalada em 1945, a Diocese de Parnaíba, completa 75 anos, de criação, instalação e missão no Norte do Piauí. A bula pontifícia do Papa Pio XII, Ad Dominici Gregis Bonum (Para promover o Bem do Rebanho do Senhor), no dia 16 de dezembro de 1944, criou simultaneamente as dioceses de Parnaíba e de Oeiras, Norte e Centro Sul do Estado do Piauí, respectivamente, desmembrando-as da Diocese do Piauí. Após a criação da Diocese do Piauí (1901) e com a criação de duas novas dioceses, a Diocese do Piauí passava a ser denominada Diocese de Teresina. Sinalizava-se assim, o surgimento da Província Eclesiástica do Piauí; ato este que se efetivou no dia 09 de agosto 1952, quando a então Diocese do Piauí tornou-se Arquidiocese de Teresina e Sé Metropolitana, tendo Parnaíba e Oeiras como dioceses sufragâneas.
As primeiras letras da bula pontifícia, lacrada com uma “bola” (em latim Bulla) de chumbo, formosamente manuscrita em latim, anunciavam não somente a solenidade do documento, mas, sobretudo a desafiadora e auspiciosa missão das duas igrejas particulares que surgiam “para o bem do rebanho do Senhor”.
Deus é o sumo bem. O bem do Povo de Deus é a vida; e o bem de Deus é promover a vida de seu povo. A Palavra de Deus é cheia de vida. “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (cf. Ez 33,11). “Jesus, tantas vezes, manifestou essa intenção divina, no evangelho: “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10, 10); “Eu sou o caminho a verdade e a vida” (Jo 14,6); “Quem acreditar tem a vida eterna”; Eu sou o pão da vida” (Jo 6,47). Santo Irineu (130-200) já dizia que “a glória de Deus é o homem vivo; e a vida do homem consiste na visão de Deus” (Contra as Heresias, IV, 20,7).
Em vista da salvação, Deus constituiu um povo, o Povo de Deus. Ou seja, Deus não quis salvar isoladamente, mas formando um Povo (cf. LG 9). A experiência de fé e a salvação do Povo de Deus são sempre vividas em uma Diocese, Igreja Particular, que é “uma porção do Povo de Deus confiada a um bispo para que a apascente com o seu presbitério” (ChD 11). A Diocese é totalmente Igreja, mas não é toda a Igreja. Realiza a concretude da Igreja Universal em determinado lugar e tempo, na comunhão e na colegialidade com outras Igrejas Particulares, em comunhão com o Papa, Bispo de Roma, e sob o seu pastoreio supremo, que preside todas as Igrejas ou Dioceses.
A Diocese de Parnaíba, como porção do Povo de Deus, vive na fé, a certeza de ser de inspiração e de origem divinas, e de que é vocacionada a viver, no tempo e no espaço deste pedaço do Nordeste brasileiro, a missão que lhe foi proposta há 75 anos: “Promover o Bem do Rebanho do Senhor”.
É, pois, tempo de Jubileu. Tempo de anúncio e de profecia. O Jubileu de 75 anos favorece a uma atmosfera comemorativa cronológica, mas, sobretudo, um kairós, o tempo de Deus, propício para fazer memória, agradecer e sair.
Fazer memória é recordar o modo como Deus entrou na vida desta porção de seu povo que está aqui no Norte do Piauí. As pessoas são o melhor patrimônio: cristãos bispos, presbíteros e diáconos; irmãs e irmãos de vida consagrada e cristãos leigos e leigas de fé e comprometidos com o bem da Igreja e do Reino. Além das pessoas, convém fazer a memória das coisas belas que Deus realizou ao longo do percurso de 75 anos: criação de paróquias e comunidades, edificação de templos, escolas e centros sociais; festas e celebrações.
Agradecer é reconhecer que tudo é graça, pois é Deus quem conduz a sua Igreja pelo caminho da salvação.
Mas também é tempo de sair. Jubileu, na Igreja Católica, nunca foi, nem é tempo de triunfalismo nem de acomodação ao status quo, pelo contrário, é tempo de reconciliação, anúncio e profecia, buscando na Sagrada Escritura o seu sentido mais genuíno, como é possível verificar no capítulo 25 do livro do Levítico: é ano do júbilo que se abre com o toque da trombeta, chamada em hebraico “jobel”, daí o nome jubileu. A legislação ordenava a prática da fé e da fraternidade, “ninguém dentre vós oprima o seu compatriota, mas tenha o temor de teu Deus, pois eu sou Iahweh vosso Deus” (Lv 25,17). Jubileu é tempo de libertação e de trazer unidade na família (Lv 25.10, 39-40), de resgate (Lv 25,29), de bênçãos triplicadas (Lv 25,21), de fartura (Lv 25,22), de resgatar as terras (propriedades) (Lv 25,23-31), de evangelizar (Lv 25,10-54). Em suma, Jubileu é tempo de trazer de volta, com grande júbilo, o que foi perdido.
Nosso Senhor Jesus Cristo, o missionário do Pai, atualizou o sentido do Jubileu logo no início de sua vida pública, quando na sinagoga de Nazaré releu o profeta Isaías dizendo: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19). O ano da graça do Senhor é o ano jubilar.
Os apóstolos, confirmados pelo Espírito Santo em Pentecostes, começaram a anunciar, fiéis ao mandato missionário, “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,19-20). Essa responsabilidade chega até nós.
A Igreja “em saída”, suscitada pelo Papa Francisco é uma atitude de obediência ao mandato missionário do Mestre. Nela estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora. Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar este chamado: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho (Cf. EG, n. 20).
A missão define a Igreja. E a identidade de uma diocese manifesta-se no modo de ser, de fazer e de reconhecer-se como povo missionário de Deus.
Ser uma Igreja missionária. Este é um dom que devemos, com humildade, pedir a Deus. É o maior e melhor presente que podemos ofertar à diocese jubilanda, “para promover o bem do Povo de Deus” e “para que todos tenham vida em plenitude” (Jo 10,10).
FONTE: Diocese de Parnaíba.
FONTE: Diocese de Parnaíba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário