“Reforçar os
alicerces espirituais de todas as comunidades” – este é um dos auspícios do
presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização para o Ano da Fé,
que a Igreja Católica vai celebrar entre 11 de outubro próximo e 24 de novembro
de 2013. (Cf. Carta Apostólica "Porta Fidei" do papa Bento XVI)
Em artigo
publicado no jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, o Arcebispo Dom Rino
Fisichella defende que o evento deverá assinalar a “grandeza do crer” e mostrar
ao mundo “os motivos” que estão por trás da fé em Cristo: “A fé deve ser
repensada e vivida” e não pode se limitar a uma “monótona repetição de fórmulas
ou celebrações”. Na base de toda a ação católica deve estar a convicção, a
escolha consciente, “sustentada por um confronto com a verdade sobre a própria
vida” – continua, concluindo que “saber explicar isso permite aos fiéis serem
novos evangelizadores num mundo que se transforma”.
Idealizado
pelo Papa Bento XVI para assinalar o 50º aniversário do Concílio Vaticano II
(1962-1965) e relançar o anúncio do Evangelho na sociedade contemporânea, o Ano
da Fé é visto pela Igreja Católica como uma oportunidade de levar as pessoas a
“encontrarem-se com a pessoa viva de Jesus Cristo que muda e transforma a
vida”.
A primeira
atividade associada ao Ano da Fé será uma edição da iniciativa “Pátio dos
Gentios” em Assis, Itália, no dia 6 de outubro. Com tema “Deus, esse
desconhecido”, o encontro entre crentes e não crentes antecipará a abertura
oficial do Ano.
Na sequência,
de 7 a 28 de outubro, haverá a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre
“Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. No dia 11, Bento XVI
presidirá a solene abertura do Ano da Fé na Praça São Pedro, ao lado dos
participantes do Sínodo e dos presidentes das Conferências Episcopais de todo o
mundo.
Quinta, dia 12
de outubro, a Igreja de Jesus, no centro de Roma, vai hospedar uma sessão
cultural e artística sobre “A fé de Dante”. Será apresentado o canto XXIV do
Paraíso da Divina Comédia, que descreve a profissão de fé do poeta italiano.
Domingo 21 de
outubro, Bento XVI canonizará seis mártires e testemunhas da fé: um missionário
jesuíta mártir em Madagascar; um catequista leigo, martirizado nas Filipinas;
um padre testemunha da fé na educação dos jovens; uma religiosa que testemunhou
a fé no leprosário da ilha de Molokai; uma outra religiosa, espanhola; uma
leiga indiana convertida à fé católica; e uma leiga da Baviera, testemunha do
amor de Cristo no leito de sofrimento.
De 20 de
dezembro até maio seguinte, haverá no Castelo Santo Ângelo uma exposição sobre
o Ano da Fé. Em 2013, nos dias 25 e 26 de fevereiro, em Roma um congresso
internacional debaterá o tema “São Cirilo e São Metódio entre os povos
eslavos”.
Em 18 de maio,
a vigília de Pentecostes será presidida pelo Papa com a participação dos
Movimentos eclesiais. No dia 2 de junho, Corpo de Deus, o Papa presidirá a
solene adoração eucarística e em todo o mundo, nesse mesmo dia, dioceses,
paróquias e outras comunidades são convidadas a promover adorações. Em 22 de
junho, um grande concerto na Praça de São Pedro vai celebrar o Ano da Fé.
Logo depois, a
Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro, prevê a
participação do Papa. Dia 29 de setembro, Jornada dos Catequistas, Bento XVI
recordará 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.
Em 13 de
outubro de 2013, o Papa presidirá uma celebração em honra de Nossa Senhora, com
a participação das associações marianas, e no dia 24 de novembro, está marcada
a celebração conclusiva do Ano da Fé.
FONTE: Rádio Vaticano.
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