Em 30 de abril de 2000, São João Paulo II, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja [Cf. Homilia]. A partir de então foi decretado que o segundo Domingo da Páscoa se chamaria Domingo da Divina Misericórdia. Segundo o Diário de Santa Faustina [Kowalska], conhecida como Apóstola da Misericórdia, o próprio Cristo pediu que a Festa da Misericórdia fosse celebrada no segundo domingo da Páscoa. Outro ponto importante presente nos escritos desta santa, canonizada por João Paulo II, foi o pedido do Senhor para que se abençoasse de forma solene neste dia o quadro de Jesus misericordioso (cf. Diário, nº 49).
Sabemos como sempre foi importante e, hoje, ainda é, o uso dos sinais visíveis e das imagens na comunicação de uma mensagem. As imagens fazem com que a mensagem seja fixada com maior claridade. Dai o sentido da propagação da divina misericórdia através do quadro de Jesus misericordioso.
A pintura aí estampada não é apenas uma arte feita por um pintor inspirado, mas é a representação da forma semelhante como Cristo apareceu para Santa Faustina contendo uma profunda catequese. As chagas nas mãos e nos pés de Cristo, os dois raios que representam o sangue e a água jorrando do seu coração (cf. Jo 19, 34) nos remetem a paixão de Jesus. Porém, o Senhor aparece ressuscitado com vestes brancas e traçando com a mão direita uma bênção. Portanto, neste quadro estão presentes dois mistérios fundamentais para a vida cristã celebrados na liturgia: a paixão, morte e ressurreição do Senhor. E os dois raios lembra os dois grandes sacramentos da Igreja: o batismo, representado pela água, e a Eucaristia, pelo sangue. A frase “Jesus, eu confio em vós”, faz recordar ao mundo mergulhado no pecado no desespero a importância da confiança na misericórdia divina.
Este ano a festa da Misericórdia vai ser celebrada no dia 12 de abril. De modo especial, o papa Francisco anunciará solenemente o Ano da Misericórdia, cuja abertura será no dia 8 de dezembro de 2015 e encerramento no dia 20 de novembro de 2016. Cada paróquia poderá celebrar esta festa de forma criativa, porém possamos, assim, não deixar este grande momento passar de forma despercebida. São João Paulo II nos exorta na sua carta sobre a Divina Misericórdia: “É preciso que o rosto genuíno da misericórdia seja sempre descoberto de maneira nova. Não obstante vários preconceitos, a misericórdia apresenta-se como particularmente necessária nos nossos tempos” (Carta Encíclica Dives in Misericórdia, nº 6).
Pe. Marcos Francisco,
pároco da Paróquia São Francisco de Assis, em Piracuruca-PI
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