quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Diocese celebra o jubileu dos 75 anos de instalação canônica

Interior da Catedral de N. Sra. Mãe da Divina Graça - Parnaíba (2020)
Foto: Hermerson Saulo
Na segunda-feira, 08 de setembro, com a Solene Dedicação e Consagração do altar da Igreja Catedral nossa diocese concluiu o grande jubileu dos 75 anos. A festa jubilar preparada no ano passado, que previa inúmeros momentos celebrativos, teve de ser quase toda cancelada/adiada, por conta da pandemia de COVID-19.
Imagem bicentenária de N. Sra. Mãe da Divina Graça | Foto: Hermerson Saulo
A Dedicação da Igreja Catedral foi um ato verdadeiramente histórico: nosso templo-catedral, neste ano celebra 250 anos dos início de sua construção, construção esta finalizada em 1795, quando foi solenemente entronizada a imagem de N. Sra. Mãe da Divina Graça. A "ermida" de N. Sra. da Graça, depois "Matriz" de N. Sra. da Graça, em 1805, passou a ser "Catedral", a Igreja-Mãe da Diocese de Parnaíba em 08/09/1945. Apesar dos mais de dois séculos de história, este templo, somente agora vivenciou o rito da litúrgico da Dedicação.
Santa Francisca Xavier Cabrini
Durante o rito da Dedicação, presidido pelo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo e concelabrada pelos bispos do Regional CNBB NE-IV, foi fixada sobre o altar uma relíquia de SANTA FRANCISCA XAVIER CABRINI (1850-1917), a primeira cidadã norte-americana a ser canonizada. Santa Francisca nasceu na Itália, mas foi ser missionária nos Estados Unidos da América, onde desenvolveu um grande trabalho apostólico e caritativo e veio a ser naturalizada naquele país. Dom Walmor Oliveira nesta ocasião representou também o Núncio Apostólico.
Por determinação do Sr. Bispo Diocesano, a cada ano, em 07 de setembro, as paróquias terão de celebrar a Missa da Dedicação da Catedral. E em 22 de dezembro, na Catedral, será celebrada a memória de Santa Francisca.
Mesmo com as restrições por conta da emergência sanitária, o povo fiel participou desta data histórica, acompanhando pelas redes sociais digitais:
Algumas imagens reproduzidas a partir da transmissão pela internet | Montagem: Hermerson Saulo
Que Nossa Senhora Mãe da Divina Graça continue abençoando o Clero e todo o Povo de Deus da Diocese de Parnaíba, para que todos os batizados possam "promover o bem do Rebanho do Senhor".

Viva a Diocese de Parnaíba!!


EM TEMPO: Abaixo eis algumas imagens oficiais da festa jubilar da Diocese:

A Pastoral da Comunhão Diocesana preparou também uma revista especial para esta veja, leia/baixe aqui.

Confira ainda um texto sobre o Rito da Dedicação de uma igreja:

O Ritual de dedicação de Igreja e de altar

A Igreja Católica Apostólica Romana possui, através da dimensão litúrgica, uma diversidade de ritos que caracterizam a realidade sagrada do ato realizado. Digo isto para evidenciar o nosso costume de pedir a bênção aos objetos de uso devocional, as imagens, terços, medalhas, mas não é só isso, temos também a benção de pessoas, de lugares, de objetos destinados a celebração. Desejamos sempre envolver aquilo pelo qual nos relacionamos ou utilizamos na prática da fé, com a presença de Deus.
Na consciência da importância da benção diante de tantos elementos, podemos refletir neste artigo o ritual de dedicação de Igreja e de altar. [...]

O que vem a ser este ritual de dedicação da Igreja e de altar?
Primeiramente gostaria de destacar que, desde o lançamento da pedra fundamental ou o início da construção de uma Igreja, já é previsto a realização de um rito. Outra possibilidade é também realizar a dedicação de uma igreja onde já se costuma celebrar os sagrados mistérios, principalmente quando há reformas que atinjam o altar, a mesa da palavra, a capela do santíssimo.

Cristo, o grande templo
“Pela sua morte e ressurreição, Cristo tornou-se o verdadeiro e perfeito templo da nova aliança e congregou o povo que Deus tornou seu. este povo santo, reunido na unidade que procede do Pai e do Filho e do Espírito santo, é a igreja, o templo de Deus edificado de pedras vivas, no qual o Pai é adorado em espírito e verdade. Com razão, pois, desde os tempos antigos, se chamou também igreja ao edifício onde a comunidade cristã se reúne para ouvir a Palavra de Deus, orar em conjunto, receber os sacramentos, celebrar a eucaristia” (Ritual de dedicação de uma igreja, n.1). [...]
Há, no missal romano, os textos próprios para as orações e nos lecionário, as leituras a serem proferidas no dia da dedicação.
É fundamental que no dia da dedicação consiga-se reunir o maior número de fiéis para participar do momento.
O rito é composto da entrada na Igreja, (que pode ser simples, solene ou ainda com uma pequena procissão saindo de um outro lugar), da aspersão da assembleia e das paredes da Igreja, liturgia da palavra com três leituras, homilia, profissão de fé, não há preces, mas a recitação da ladainha dos santos.
Percorrido estes primeiros momentos, temos o ponto alto que é composto pela prece de dedicação, isto é, uma oração em que se afirma o propósito de dedicar para sempre a igreja ao Senhor e em que se implora sua benção, seguida pelo rito de unção com o óleo do crisma, que é derramado no altar e nas paredes da igreja. “Em virtude da unção, o altar torna-se símbolo de Cristo, que é o ‘Ungido’ por excelência. A unção da igreja significa que ela está dedicada toda inteira e para sempre ao culto cristão. São doze as unções, confirme a tradição litúrgica ou quatro, para significar que a igreja é a imagem de Jerusalém, a cidade santa”. Em seguida, ocorre a incensação, ou seja, o incenso é queimado sobre o altar; o revestimento, onde se recebe e coloca a toalha no altar; e a iluminação do altar, seguida pela iluminação da igreja (acende-se as velas), lembrando que Cristo é a “luz para a revelação dos povos”.
Cumpridos esses ritos, a celebração eucarística prossegue com a apresentação das oferendas, a recitação de um prefácio próprio para a missa de dedicação, a oração eucarística fica a escolha do presidente da celebração.
O dia da dedicação passa a ser um dia especial para a vida da comunidade eclesial e poderá e deverá ser relembrando e celebrado anualmente no grau de solenidade.
Que cada rito litúrgico possa ser celebrado com sentido, espiritualidade, profundidade, sem pressas, sem tensão, de modo, que a graça santificante decorrente da força do Espírito Santo, nos ajude a contemplar a presença divina, no templo físico e no templo vivo que somos cada um de nós.

Pe. Kléber Rodrigues
Fonte: Jornal O Lábaro edição novembro de 2019 | Diocese de Taubaté

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