segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Papa abençoa cordeiros que darão a lã para o Pálio

Santa Inês (Agnes)
No último sábado, 21, a Igreja recordou a Virgem e Mártir Santa Inês, e o Santo Padre Bento XVI abençoou dois cordeiros cuja lã será utilizada para confeccionar os pálios sagrados. O pálio é uma estola de lã branca com seis cruzes pretas bordadas ao seu longo e que expressa a unidade com o sucessor de Pedro. A estola é guardada numa urna no Altar da Confissão de São Pedro até o dia 29 de junho, quando o Papa a impõe, na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, aos novos arcebispos metropolitanos (nomeados no último ano). O gesto é um sinal da comunhão especial que os liga à Sé Apostólica. 
Os cordeiros são criados pelas religiosas (freiras) do convento romano de São Lourenço em Panisperna e oferecidos ao Pontífice pelos Cônegos Regulares Lateranenses no dia da memória litúrgica de Santa Inês, a mártir romana que a iconografia tradicional costuma retratar como um cordeiro pela similaridade do seu nome (Agnes, em latim) com a palavra cordeiro (agnus, em latim). 
Papa Bento XVI e seu pálio em destaque
Os Cônegos Regulares de Latrão atendem espiritualmente a Basílica de Santa Inês (onde a santa está enterrada), na Via Nomentana de Roma. 
Nas palavras de Bento XVI, em um discurso de 2008, o Pálio é imposto sobre os Arcebispos Metropolitanos como símbolo da sua comunhão hierárquica com o Sucessor de Pedro no governo do povo de Deus. Ele é confeccionado com lã de ovelha, em representação de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e o Bom Pastor que vela cautelosamente sobre o seu rebanho. O pálio recorda aos Bispos que, como Vigários de Cristo nas respectivas Igrejas locais, são chamados a ser Pastores a exemplo de Jesus. 
Dom Sérgio da Rocha 
(atual Arcebispo Metropolitano de Brasília, 
ex-metropolita de Teresina, recebendo  
o pálio em 29/062011)
Como símbolo do fardo do ministério episcopal, recorda também aos fiéis o seu dever de ajudar os Pastores da Igreja com as suas orações e de cooperar generosamente com eles para a propagação do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo na santidade, unidade e caridade. 
Antigamente, no Ocidente, o pálio era o nome de um ornamento próprio do Sumo Pontífice desde o século V. Passou a ser de uso ordinário para os metropolitas (arcebispo) a partir do século IX. 

FONTES:
Rádio Vaticano
Zenit (2010)

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