sábado, 17 de novembro de 2012

Bento XVI cita exemplo de José de Anchieta aos jovens

Bento XVI voltou a recordar aos brasileiros a figura de seu Apóstolo, o Beato José de Anchieta. Desta vez, o Santo Padre dirigiu-se aos jovens do mundo inteiro ao citá-lo na “Mensagem para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude”, publicada na sexta-feira (16/11), sobre a JMJ Rio 2013.
Disse o Santo Padre: “Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo.” 
Essa frase do Papa é antecedida por um aceno à entrega da própria vida feita por jovens generosos em favor da construção do Reino de Deus. Bento XVI escreve ainda: “Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia.” 
É verdade! Basta pensarmos no Brasil recém achado, sem estradas, sem recurso algum e o aquilo que José de Anchieta realizou, adoentado e apenas com o conhecimento de um jovem de 18 anos. 
Esse rapaz, cheio de ardor por Jesus Cristo, aprendeu, em poucos meses, a língua tupi para evangelizar os donos da terra e colaborar no trabalho missionário de seus companheiros, observou o que agradava aos indígenas e lançou mão do teatro, da dança e da música para catequizá-los. 
Sim, o Santo Padre tem razão ao apresentar o jovem José de Anchieta, ou melhor, o jovem José do Brasil, como modelo e incentivo aos jovens de hoje.


Saiba mais sobre o José de Anchieta...

Beato José de Anchieta, “Apóstolo do Brasil”. 

Nasceu em 19 de março de 1534 em San Cristóvão de La Laguna, Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha. Filho de uma rica e proeminente família e possivelmente parente de Santo Inácio de Loyola. Foi educado em Portugal. Entrou para a Ordem dos jesuítas em 1551 com 17 anos. Foi missionário no Brasil, chegando em 13 de julho de 1553. 
Quando jovem deslocou a espinha e quando entrou para os jesuítas foi enviado ao Brasil na esperança que com o seu clima quente suas costas melhorassem. Isto nunca ocorreu e ele estava em constantes dores nas costas por 44 anos que trabalhou no Brasil. 
Junto com o jesuíta Manuel da Nóbrega chegaram em Piratininga na festa da Conversão de São Paulo (25/01) e assim nomearam a Missão como São Paulo. Nascia assim a cidade de São Paulo. Seus fundadores, sob a inspiração de Manuel da Nóbrega, haviam sido os treze jesuítas chegados de São Vicente. 
Em 1553 ele se encontrou com os índios Tupis que viviam nas proximidades da missão. Ele dominou rapidamente a língua dos índios. 
Por duas décadas José trabalhou na gramática indígena e escreveu dicionários que seriam usados pelos portugueses e pelos missionários. 
José mais tarde foi feito refém por 5 meses pelos índios da tribo do Tamoios e durante este tempo ele compôs um poema em latim em Honra a Santíssima Virgem. Como não tinha papel e tinta, ele escreveu na areia molhada e memorizou os versos. Quando de novo voltou para São Vicente ele passou, ao todo, 4.172 linhas para o papel. 
José converteu a tribo dos Maramomis e compôs peças para os estudantes representarem. Ele as compunha em latim, espanhol, português e em Tupi (a mais usada das línguas indígenas). Como os seus dramas foram os primeiros escritos no Brasil, José é conhecido como o "Pai da Literatura Nacional Brasileira". 
Foi indicado Provincial Jesuíta em 1577. Em carta para seus colegas missionários ele os advertia que o desejo de converter apenas, não era suficiente "E necessário vir com uma sacola cheia de virtudes". 
Ele faleceu em 9 de junho de 1597 em Iriritiba ou Riritiba (hoje Anchieta) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 
Foi beatificado em 22 de junho de 1980 pelo beato Papa João Paulo II. 
Sua festa é celebrada no dia 9 de junho 

FONTE: Adaptado de: “Cadê meu Santo".

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