sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Pálio e a unidade da Igreja

Dom Jacinto, 
7º Arcebispo de Teresina
No próximo dia 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, receberão o Pálio das mãos do Papa Bento XVI, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Arcebispo de Niterói (RJ), Dom José Francisco Rezende Dias; de Campinas (SP), Dom Airton José dos Santos; de Porto Velho (RO), Dom Esmeraldo Barretos de Farias; de Teresina (PI), Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho; de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto; de Florianópolis (SC), Dom Wilson Tadeu Jonck, e de Natal (RN), Dom Jaime Vieira da Rocha.
O Pálio é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de cinco centímetros de largura e dois apêndices. Nele, estão bordadas seis cruzes. É confeccionado com a lã de dois cordeiros, ofertados ao Papa por freiras no dia 21 de janeiro de cada ano, data da festa de Santa Inês. A lã posteriormente é tecida pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma. 
Nos primeiros séculos da era cristã, o Pálio era usado exclusivamente pelos Papas. A partir do sexto século, passou a ser usado também pelos arcebispos metropolitanos. Os pálios são abençoados pelo Papa e colocados sobre o túmulo do Apóstolo São Pedro, sobre o qual está o altar principal da Basílica Vaticana. No dia 29 de junho, os Pálios são dali levados para a celebração eucarística e colocados sobre o colarinho dos novos arcebispos. 
Papa Bento XVI usando o Pálio
e segundo a Férula (cajado)
No início de seu pontificado, o papa Bento XVI se referiu ao Pálio com as seguintes palavras: “O pálio diz antes de tudo que todos nós somos guiados por Cristo (…), ao mesmo tempo convida-nos a levar-nos uns aos outros.” O simbolismo da lã pura sobre os ombros recorda o Bom Pastor que leva as ovelhas consigo e, as cruzes bordadas em lã negra lembram as chagas de Cristo e sua Paixão salvadora.
Cada ano cerca de 35 arcebispos do mundo inteiro recebem o pálio. Quando retornam para suas arquidioceses, levam não só o colarinho de lã que lhes foi imposto pelas mãos do sucessor de São Pedro, mas também o compromisso de traduzir nas atividades pastorais aquilo que esse tradicional sinal litúrgico representa, isto é, a fé em Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador, o compromisso de imitar o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas, e a comunhão com a Sé Apostólica.

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